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sexta-feira, 23 de julho de 2010

MISTURA NA ROÇA - De Alceu a James Taylor, evitando imitações


Acalentados pelo sertanejo regional ouvido na radiola do avô, na cidade mineira de Abre Campo, Victor e Leo conheceram a adolescência ao som de Sérgio Reis e da viola inovadora de Almir Sater. Mas também curtiam rock, blues e a influência ‘folk’ de grandes nomes da música mundial despejados pelo rádio, de James Taylor a Neil Young.

“Escutávamos artistas como Renato Teixeira, Sérgio Reis, Alceu Valença e, junto com eles, Eric Clapton, James Taylor e Dire Straits”, enumera Victor, o compositor da dupla, que há dois anos lidera a arrecadação de direitos autorais no País. 

Ao mesmo tempo que exaltam o ‘sertanejo de raiz’ e misturam influências, eles deixam claro que odeiam rótulos. “A gente se inclui no grupo de quem nos escuta. O sertanejo tem vertentes e sofre modificações, mas não há como reclassificá-lo diante de tão rica história”.

E o irmão Leo ressalta: “Mesmo com referências, fugimos ao máximo de imitações”. Para a ‘overdose’ de duplas que seguem a onda do sertanejo universitário, muitas críticas: “Você quase não distingue uma da outra, é muito parecido. Isso é desrespeito com o público e com a música, que deve sair de dentro”, diz Leo.

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